Neste dia, pra dizer a verdade quase não dormi direito. Estava chovendo e sinceramente pensei em adiar a viagem, mas como já estava tudo marcado e principalmente com algumas reservas de pousadas, seria complicado remarcar tudo. Então levantei já em cima da hora que tinha marcado com meu amigo Zé Maria, que iria me levar até Niterói para iniciar o trajeto.
Tivemos um pouco de dificuldade para colocar a bike no transbike, pois eu já tinha arrumado os alforges na bike, e como o meu é um pouco antigo ficaria complicado tirar, devido ao fato de serem de fitas e levaria em torno de 1 hora para recolocar na bike quando chegasse em Niterói.
Então alocamos tudo do jeito que deu e partimos com quase 1 hora de atraso. A chuva tinha parado mas no caminho voltou, e tivemos que parar para colocar as capas no alforge e bolsa de guidão.
Ainda durante o percurso tivemos que arar algumas vezes para verificar se estava tudo ok, pois a bike junto com a bagagem estava pesando um pouco e estávamos achando que o transbike não iria aguentar o peso, mas no final das contas deu tudo certo e conseguimos chegar na estação das barcas.
Tiramos tudo do carro rapidamente, pois ali não era permitido parar para desembarque de cargas, mas deu tudo certo.
Aguardei um pouco meu amigo Claudio Forte chegar, pois neste percurso ele iria me acompanhar. Continuava chovendo, coloquei a minha capa de chuva de 1 real, e assim que ele chegou, partimos para esta aventura com chuva e tudo. Mas pensei... todo mundo deve estar me achando doido por estar pedalando na chuva....e para minha surpresa fiquei admirado. Lá em Niterói não tem nada disto não, com chuva ou sol, todo mundo está se mexendo. Pedalando, caminhando, correndo, etc... Fiquei admirado...
Iniciamos o percurso pelo Caminho Niemayer, ou ciclovia Niemayer, que diga-se de passagem, tem uma paisagem exuberante, mesmo sendo para um percurso urbano.
Passamos no disco Voador (assim mesmo que eu chamo kkk) e prosseguimos pela orla até chegamos à famosa subida da estrada da Cachoeira, na qual me falaram que era MUITO perigosa e pra ter cuidado, mas sinceramente foi muito tranquilo pois dava pra subir pela calçada, mas é lógico que com peso eu não ia subir pedalando, então bora empurrar a bike kkk..
Prosseguimos e chegamos à Igreja de São ?Sebastião de Itaipu (Igreja Matriz de Niterói), tombada pelo Patrimônio Histórico em 1978 e datada de 1716 e hoje administrada pelos Padres Palotinos.
- "Os Palotinos ou Padres Palotinos (S.A.C.) são uma sociedade de vida apostólica da Igreja Católica Apostólica Romana fundada em 1835 com o nome de Sociedade do Apostolado Católico (societas apostolatus catholici) pelo Padre Vicente Pallotti, declarado santo, durante o Concílio Vaticano II, pelo Papa João XXIII em 20 de janeiro de1963."
Após a Igreja, já encontramos a primeira placa indicativa do Caminho de Darwin e aí realmente me dei conta que estava viajando de bike.
Encaramos a subida do Vai e Vem com muita lama. Estava bem escorregadia e não estava nem conseguindo empurrar a bike direito, mas com muita calma e paciência consegui chegar ao topo. E é lógico que como o Claudio já estava acostumado com o caminho, subiu pedalando kkkk.
Logo após a descida, avistamos a primeira placa comemorativa do Caminho de Darwin, localizada na fazenda Itaocaia, que hoje é uma pousada. Mas foi uma pena não estar aberta a visitação neste dia...
Tiramos várias fotos e partimos para o destino final que era achar a pousada...
Já estava batendo uma fome danada e não conseguimos achar um lugar pra almoçar e paramos no primeiro restaurante que achamos. E para surpresa, só tinha cozidos. Pela primeira vez vi um restaurante que só servia cozidos. Fazer o que né ?..
Chegamos na pousada em e despedi do meu amigo neste primeiro dia de viagem. Mas quem disse que a aventura tinha acabado ? Lavei as roupas que estavam sujas de lama e não passou uns 20 minutos, desabou agua. E com muito vento também. Me recolhi e quando estava indo tomar um banho faltou energia elétrica... e foi assim que terminou o primeiro dia.. .sem energia elétrica na pousada...